Refazer

Realidades

Rotineiras

Reverberando

Retro-significações

Resplandecentes

Ao passo da singela poesia.

F. Estrela

Alegoria

De súbtio

Baile manual

Costurando mantras de enlevo

Ao passe singelo e magistral

Feito mágico de rua

Brincando de converter

Alumbramentos em euforia

Espanto em cumplicidade

Cotidiano em fábula

Os dias saem da cartola

Assim

Voando

Entre lampejos, cores,

Gargalhadas e aplausos

Boca e olhos

Inundados de expectativa

Para o novo espetáculo.

F. Estrela

Transeuntes

Ilustração: Pollock

E os olhares se cruzaram

Por entre corpos,

Vidraças e automóveis.

O mundo em movimento

Pára

Diante dos semblantes

Que cúmplices

Esboçam

"A levíssima embriaguez de estarem juntos".

F. Estrela

Homo Faber

Sentir em si o germe de homem
Enquanto os braços convertem-se em arado.
Homo Sapiens Faber
Homem que se sabe fábrica.

F. Estrela

Cheiro de Bossa

Possa

Poética

Toca

Alaridos

Metricamente

Definidos

Em si bemóis

Tristeza

E cotidiano

F. Estrela

*Ilustração: por Sandra Hiramoto (Arte Paranaense)

Arquejar

Ânsias
Agonizantes
No cotidiano
Que trepida
Vacila

Fôlego Temerário
Que oscila
Avança e hesita

No ritmo
Frenético

Das intempéries cotidianas.

F. Estrela